Está marcada para o próximo dia 04 de março, na Câmara de Avaré, uma audiência pública convocada pela Frente Parlamentar Municipal de Combate às Enchentes. Tema recorrente na Mídia local, atualmente reforçado pelas tragédias registradas em cidades como São Paulo, Botucatu e Marília, os alagamentos foram analisados durante a última sessão ordinária do Parlamento.
O primeiro a apontar a situação foi Ernesto Ferreira de Albuquerque (PT), durante seu pronunciamento na Palavra Livre. Para ele, o Executivo avareense precisa realizar ações antes que algo mais grave aconteça. “O prefeito só vai se mover quando houver um caso fatal? Ele deve estar esperando isso, pois não se discute enchentes em Avaré”, decretou ele, apontando a falta de respostas ao problema constatado. “Esperamos que algum representante de peso (do Governo local) participe para ajudar a decidir”, destacou, ao lembrar a realização da reunião popular do próximo mês.
O também petista Francisco Barreto de Monte Neto, atual presidente da Câmara, foi outro a se manifestar no mesmo assunto. Em sua visão, o principal aspecto a ser analisado, no encontro que se aproxima, é a Prevenção. “É nossa obrigação debater, expor o problema e tentar encontrar soluções, além de cobrar atitudes dos departamentos competentes”, disse. Barreto do Mercado ainda destacou a constante cobrança feita pela população em geral. “Essa reunião será a grande chance de debatermos todas as possíveis soluções, de forma aberta”.
Para ele, o valor elencado anteriormente para a construção de galerias de águas pluviais pela cidade estaria (R$50 mi), no entanto, fora da realidade. “Penso ser bastante difícil conseguir uma emenda, no montante pretendido, para realizar a obra. Porém, é possível fazer algo que amenize o problema: os piscinões, por exemplo, não são construções tão caras; porém, é necessário que se queira trabalhar. É possível implantar soluções paliativas nos pontos críticos de cheias”, comentou, ao apontar oito ou nove pontos em que poderiam ser feitos as citadas estruturas.
Por sua vez, o representante do PSDB, Antonio Angelo Cicirelli, também se referindo aos alagamentos, mostrou a imagem de um buraco aberto no Largo do Mercado. Toninho da Lorsa ainda disse ter conversado com o ex-prefeito Miguel Arcanjo Paulucci (1993/1996), que executou as galerias do centro da cidade. “Eu fiz um requerimento e, por coincidência, essa imagem acabou de chegar para mim. Ou seja: nosso centro, que é o único lugar em que se investiu um pouco em medidas contra as enchentes, está comprometido”, destacou. Ele, em seu pedido, questiona se há algum projeto para limpeza ou recuperação das citadas galerias. “A gente sabe que, com o tempo, o local vai assoreando, começa a juntar sujeira e precisa de manutenção. Ali é o único lugar em que a situação estava razoavelmente resolvida e, agora, observamos a possibilidade de futuros problemas”, afirmou o vereador.
AJUDAR A POPULAÇÃO – Como forma de auxiliar as famílias que sofrem com as cheias no centro, Barreto do Mercado ainda citou ações tomadas por administrações em outros municípios. “O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, em 2007, criou a isenção e remissão de impostos para as propriedades que são prejudicadas pelas enchentes; essa isenção atinge quase todas as áreas, como a hidráulica e a elétrica”, destacou ele. Em sua visão, a medida poderia suavizar os estragos sentidos pelos avareenses há anos. “Já tive uma primeira conversa com o secretário de Fazenda, Itamar Araújo, que parece ter observado a medida com bons olhos”, disse ele, novamente levantando a necessidade de participação de membros do Executivo na próxima audiência pública.
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