Algumas escolas municipais voltam a enfrentar problemas com a queda na qualidade. A revelação foi feita pelo vice-presidente da Câmara, Roberto Araujo (DEM), durante a última sessão do Legislativo, realizada no dia seis de junho.
De acordo com Roberto Araujo, na segunda-feira, ele recebeu mensagens de três professoras, de três escolas municipais diferentes, e todas reclamando da queda na qualidade da merenda.
“No começo do ano, o vereador Denilson Ziroldo e eu visitamos algumas escolas e creches e, por conta disso, a qualidade da merenda melhorou, será que vamos ter que bater cartão nas escolas, para ensinar a Prefeitura a fazer a lição de casa?”, questionou o vice-presidente, durante sua palavra livre. “Será que a secretária de Educação, Lucia Lelis, não se tocou que é obrigação dela fornecer merenda de qualidade para nossas crianças? Até quando isso vai?”
Roberto Araujo voltou a convidar Ziroldo para que ambos fiscalizem novamente a merenda que está sendo servida nas escolas.
E ainda falando a respeito das polêmicas que envolvem a Secretaria da Educação, Roberto Araujo falou sobre do caso das apostilas adquiridas pela pasta.
Araujo destacou que Lúcia Lelis não respeitou sequer o que determina o Tribunal de Contas, que a aquisição deste tipo de material deve ser por técnica e preço e não pregão. “E não adianta ela jogar culpa no Departamento de Licitação da Prefeitura, porque quem fez o pedido foi ela”, afirmou.
O democrata também apontou irregularidades no ofício de Lúcia Lelis encaminhado ao Legislativo, com relação às amostras de apostilas, fornecidas pela empresa que venceu a licitação. “O edital reza que toda empresa que quiser participar tem que enviar amostras do material, para que a Prefeitura verifique se está dentro do padrão desejado, no entanto, a secretária Lucia Lélis respondeu que a empresa vencedora do certame comunicou que o material seria o mesmo de 2015, portanto, já era conhecido pela equipe da Secretaria de Educação. E no entendimento da secretária Lucia Lélis seria desnecessário o envio das amostras. Mas, quem me garante que era o mesmo material? E mesmo que fosse, está no edital e tem que ser cumprido. Ela não pode mudar o edital como bem entender!”.
O vice-presidente da Câmara também disse estranhar o fato da própria secretária Lucia Lélis ter fornecido o atestado de capacidade técnica para a empresa. Segundo o vereador, geralmente este documento é fornecido pelo prefeito.
Para Roberto Araujo, este fato tem que ser investigado pelo Ministério Público Federal. “Já conversei com o presidente da Câmara e enviaremos um ofício ao MPF para que estas denúncias sejam apuradas. Malversação de dinheiro público é crime”, finalizou o vereador.
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