Os problemas causados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a inércia da Prefeitura em executar o contrato com a empresa, foram temas da palavra livre do vereador Carlos Alberto Estati (DEM), na sessão de segunda-feira, dia 13.
Estati visitou a Avenida Paranapanema, onde o esgoto corre a céu aberto, e gravou um vídeo com comerciantes e moradores do local falando sobre os problemas que isso traz para a vida deles.
“Quando o Executivo não faz sua parte, o povo fica a míngua, como vocês poderão ver no vídeo que vou exibir. A situação não acontece no norte do país, aonde o progresso não chegou. Isso é Avaré. É a denúncia de um povo que está quase implorando para que façam algo”, disse o vereador antes de começar a exibir o material, ao qual ele chamou de o “caminho da fedentina”.
No vídeo, Estati destaca que os moradores da Avenida Paranapanema vivem margeados por um esgoto que corre a céu aberto e que nenhum governante é capaz de resolver a situação.
“Este esgoto está a cinco metros do meu estabelecimento comercial e, além do mau cheiro, está poluindo o Horto Florestal. É uma vergonha para a nossa cidade. A Sabesp vem aqui e arruma, alguns dias depois estoura tudo de novo”, afirma o comerciante Carlos Cavini, no vídeo exibido pelo vereador.
Estati também conversou com a moradora Maria de Lurdes, que afirma que o esgoto corre em plena Avenida Paranapanema 24 horas por dias. “Não posso nem fritar uma carne na minha casa, de tanto bicho que junta por causa deste mau cheiro”, diz a dona de casa.
“A Sabesp vem, mexe e larga tudo na frente da minha casa. Todo mundo é obrigado a pisar neste esgoto”, diz outro morador do bairro.
Estati também mostrou a versão do secretário de Meio Ambiente, Claudio Hayashi, que critica as medidas paliativas da Companhia. “Desde que assumi a Secretaria percebi que tem problemas crônicos em alguns lugares. A Sabesp até resolve, mas de forma provisória. Acredito que o sistema de esgoto deles é muito antigo e precisa ser trocado”, afirma.
Hayashi afirmou ao vereador que a Secretaria de Meio Ambiente está juntando todas as notificações feitas à Sabesp e encaminhando ao departamento jurídico, para possíveis medidas legais.
Ao final da exibição do vídeo, Estati lamentou que, após quatro anos, mesmo com todos vereadores pressionando, não tenha resultado. Para ele, a Prefeitura, através da procuradoria, deveria agir de forma mais enérgica. “Eles (procuradoria) tem que acionar a Sabesp. Falta pouco para terminar este governo, mas ainda dá tempo. A gerência da Sabesp sentou comigo e disse que resolveria este problema da Avenida Paranapanema em 15 dias, 2 meses depois nada foi feito. Precisamos fazer algo. Isso é questão de saúde pública”, finalizou Estati.
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